terça-feira, 17 de agosto de 2010

Desânimo....

Olá, amigos da literatura brasileira...
Devem estar se perguntando: será que o No Name morreu?
Não... pelo menos não fisicamente.
Acontece que eu estou meio desanimado com a minha vida, o que não me traz muitas ideias pra escrever, e que me deixa bravo comigo mesmo, porque ao mesmo tempo que eu estou aqui abrindo o meu coração no blog, automaticamente estou tentando fazer com que as pessoas tenham dó de mim e não é essa a minha intenção.
Pra falar a verdade, não tem nada na minha vida que possa ser o motivo do meu desânimo, porque a minha vida está muito boa pra alguns, só que o vazio persiste em mim.
E também acaba fazendo com que eu não escreva mais nada e as pessoas que leem meu blog fiquem putas comigo porque eu não escrevo.
Por isso eu vou escrever alguma coisa aqui, pela simples obrigação de tentar fazer com que esse blog seja algum dia promissor(Esperança é sempre bom, né?).
Já que estou no ritmo do desânimo, vou mandar uma bem depressiva: O homem sem futuro.
Por mais que as pessoas digam pra você que a vida é maravilhosa, que um dia você vai olhar pra traz e vai ver que tudo que fez na sua vida foi muito bom pro seu futuro, que todo o investimento que você fez está te fornecendo uma boa vida agora que você envelheceu e não aguenta mais trabalhar.
Claro, essa vida pode existir para muitas pessoas no mundo inteiro, e até pra quem já é mais velho e ainda tem que batalhar pra ter um descanso na vida, mas pelo menos existe. Só que o meu personagem não tem nada disso. Ele não busca a fama, não busca o dinheiro pra viver bem na velhice, porque ele sabe que não vai viver muito. Uma doença vai acabar com sua vida quando fizer 35 anos, geralmente a idade que qualquer pessoa atinge seu auge financeiro(ou não).
Então só restava a ele fazer perguntas a si mesmo, costumavam confortá-lo nas noites de suicídio da mente.
- O que fazer se não vou viver muito? Será que algum dia serei capaz de constituir uma família? Será que algum dia serei rico? Será que algum dia vou poder ter filhos e vê-los crescer?
Mas o que mais te depreciava era que a resposta sempre era a mesma: Não...
E por mais que tentasse imaginar sua vida como uma vida normal, sempre voltava para o mesmo ponto, onde sabia que aquilo ia ser impossível. Nenhum milagre vai salvá-lo agora(Não vai porque eu não quero. Afinal, eu estou triste hoje, então o personagem também vai ficar triste). A única coisa que lhe resta é vagar pelo mundo afora a procura de ter alguma coisa pra fazer, afim de perder seu tempo sarcasticamente precioso(Podia ter posto aspas, mas assim fica bonito^^).
Posso resumir sua vida como algo um tanto monótono e ao mesmo tempo um tanto dinâmico. Nunca se preocupou com os estudos, porque não lhe serviriam de nada. Pra comer, andava pelas ruas a procura de um emprego que não precisasse de algum tipo de inteligência, no caso, o trabalho braçal caia bem como uma luva pra ele. Com o tempo, seu corpo começou a se desenvolver com seus trabalhos, fazendo com que fosse requisitado cada vez mais pelos chefes de obras da região. Apesar de não se importar com isso, ele acabou aprendendo várias coisas com os peões de obra e engenheiros com quem convivia. Morava nas ruas, uma hora em baixo dos viadutos, outra hora embaixo das pontes, sempre tinha seu lugar reservado. Apesar de ser de rua, tornou-se um rapaz culto e com um vocabulário rico, que surpreendia muitos.
Certo dia, trabalhando em uma das obras da grande São Paulo, viu que havia uma pequena reunião dos engenheiros encarregados daquela obra. Resolveu então entrar na conversa, palpitando sobre a planta e fez com que todos o admirassem por isso.
- Desde quando peão de obra sabe tanto assim sobre as plantas?
- É que trabalho a muito tempo com construções, então aprender sobre isso não foi mais do que minha obrigação.
Após receber vários elogios, recebeu seu pagamento do dia e foi ao bar para poder se alimentar um pouco. Naquele momento, sentiu que a vida poderia sim ter sentido, apesar de seu tempo ser escasso. Mas a mágoa que corroía seu coração fazia daquele momento um momento horrível, então resolveu esquecer aquilo.
Passado muito tempo depois do acontecimento, numa noite muito fria, começou a se sentir um tanto desconfortável, seu coração parecia estar sendo apertado por varias cordas de aço. Resolveu andar pelas ruas e avistou uma pequena capela. Entrou e imediatamente caiu no meio da capela, que por sinal estava vazia. Nunca foi de rezar, mas naquele dia resolveu falar com Deus, implorar por mais um tempo de vida, nem que fosse mais um ano.
Infelizmente, seu destino estava traçado. Morreria ali mesmo, na capela simples e vazia, achando que Deus é um ser que não salva ninguém, mas resolveu sorrir. Deu seu ultimo suspiro sorrindo, pra não dizer que sua pequena vida foi totalmente miserável. E ali foi seu fim, no vazio, sozinho, como já esperava, mas morreu feliz.
Bom...
Já sabem o que fazer....
Comentem, tentem me dar idéias( isso ajuda um pouco pra escrever mais)
Se você não gostou da minha colocação de Deus, a culpa não é minha, pois meu personagem tem essa opinião.
Não sou muito de envolver religião no meio das coisas, até porque não sou muito religioso, mas tinha a ver com o contexto da história, então resolvi colocar.
Se você não gostou não tem problema, eu não ligo.^^
Boa noite...

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